Cristiano Ronaldo é o maior goleador europeu dos últimos 40 anos
Nos últimos 40 anos, nenhum jogador foi mais eficiente que Cristiano Ronaldo nas cinco principais ligas do futebol europeu, o que inclui os campeonatos alemão, espanhol, francês, inglês e italiano. Os 40 gols marcados com a camisa do Real Madrid no Espanhol garantiram ao português, além do troféu Chuteira de Ouro, cedido ao maior goleador das ligas nacionais, um lugar na história. 
Cristiano Ronaldo é, ainda o primeiro a vencer o prêmio jogando por duas ligas diferentes, pois havia vencido no Manchester United, em 2007/08, com 31 gols. 
Logo atrás de Cristiano Ronaldo e Gerd Müller aparecem três atletas do futebol espanhol: o mexicano Hugo Sanchéz, com 38 gols na temporada 1989-90, pelo Real Madrid, além de Ronaldo, em 1996/97, e do argentino Messi, em 2009/10, ambos com 34 gols pelo Barcelona Barcelona Barcelona Barcelona Barcelona Barcelona Barcelona v Barcelona Barcelona Barcelona Barcelona Barcelona Barcelona Barcelona Barcelona  Barcelona Barcelona Barcelona Barcelona Barcelona . 
  O Barcelona começou a temporada da maneira que seu torcedor mais desejava: campeão sobre o Real Madrid com direito a quebra de tabu, gols de Lionel Messi e estreia de Cesc Fábregas. 
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ambientesaudavel7
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Internauta diz que tirou a nota máxima na redação do Enem 2011
O Ministério da Educação divulgou, na quarta-feira (21), o resultado individual do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) realizado em outubro. O internauta Iron Amoreli, de 18 anos, relatou que tirou a nota máxima em redação: 1.000.
"Fiquei muito feliz! Resultado de muito treino e esforço. Eu fui aprovado em relações internacionais no Senac-SP em 3º lugar e espero resultado da 1ª fase da UFMG [Universidade Federal de Minas Gerais] . No SiSU [Sistema de Seleção Unificada], quero muito passar na Unifesp [Universidade Federal de São Paulo] em relações internacionais, se não for possível, vou analisar outra opções", disse o estudante de Areado, Minas Gerais.
Ele afirmou que, no segundo dia do Enem, fez a redação primeiro e deixou as perguntas de múltipla escolha para o final.

"É o que considero imprescindível para o sucesso nesta [prova]. Mesmo porque é o que faço melhor entre as disciplinas e cabeça não está muito cansada numa prova tão ampla. Não era um aluno sempre nota 10 na redação, mas sempre ficava com um 9, 8 e até um 7 às vezes... O pré-vestibular (Colégio-CRA, em Alfenas) me ajudou muito nas redações, mas era muito cansativo porque tinha que viajar todo dia até Alfenas à noite, chegar muito tarde e no outro dia acordar cedo para ir à escola (Escola Estadual João Lourenço, [para] concluir o Ensino Médio), mas a metodologia deles me auxiliou muito, tanto os professores de lá quanto os da escola."
Iron contou como elaborou a redação, que teve como tema "viver em redes no século 21: limites entre o público e o privado":

"Defendi a importância das redes sociais para os movimentos de revolução na África e também trouxe para o contexto da maior interação entre o governo e a população através da rede, com ênfase na precaução quanto às informações que devem ou não ser publicadas. Destaquei os perigos do poder de conteúdo privado ou pessoal e suas consequências, uma vez colocados na rede. Como proposta social, citei o papel da família no acompanhamento desta nova postura da juventude quanto à sua dinâmica e riscos, como a pedofilia, por exemplo. Evidenciei o papel da mídia tanto na conscientização quanto nas questões morais de estímulo ou divulgação de acontecimentos quanto ao que é privado vir a tornar-se público. Juntamente, falei sobre o pepel governamental na criação de programas de conscientização para o bem-estar deste meio tão útil."
Nota da redação: As notas do Enem 2011 foram publicadas pelo Ministério da Educação apenas para consulta individual. O acesso ao resultado exige uma senha pessoal e intransferível. O MEC afirmou que muitos candidatos atingiram a pontuação máxima na redação do exame, mas informou que não pode confirmar a nota de nenhum deles.
"Fiquei muito feliz! Resultado de muito treino e esforço. Eu fui aprovado em relações internacionais no Senac-SP em 3º lugar e espero resultado da 1ª fase da UFMG [Universidade Federal de Minas Gerais] . No SiSU [Sistema de Seleção Unificada], quero muito passar na Unifesp [Universidade Federal de São Paulo] em relações internacionais, se não for possível, vou analisar outra opções", disse o estudante de Areado, Minas Gerais.
Ele afirmou que, no segundo dia do Enem, fez a redação primeiro e deixou as perguntas de múltipla escolha para o final.

"É o que considero imprescindível para o sucesso nesta [prova]. Mesmo porque é o que faço melhor entre as disciplinas e cabeça não está muito cansada numa prova tão ampla. Não era um aluno sempre nota 10 na redação, mas sempre ficava com um 9, 8 e até um 7 às vezes... O pré-vestibular (Colégio-CRA, em Alfenas) me ajudou muito nas redações, mas era muito cansativo porque tinha que viajar todo dia até Alfenas à noite, chegar muito tarde e no outro dia acordar cedo para ir à escola (Escola Estadual João Lourenço, [para] concluir o Ensino Médio), mas a metodologia deles me auxiliou muito, tanto os professores de lá quanto os da escola."
Iron contou como elaborou a redação, que teve como tema "viver em redes no século 21: limites entre o público e o privado":

"Defendi a importância das redes sociais para os movimentos de revolução na África e também trouxe para o contexto da maior interação entre o governo e a população através da rede, com ênfase na precaução quanto às informações que devem ou não ser publicadas. Destaquei os perigos do poder de conteúdo privado ou pessoal e suas consequências, uma vez colocados na rede. Como proposta social, citei o papel da família no acompanhamento desta nova postura da juventude quanto à sua dinâmica e riscos, como a pedofilia, por exemplo. Evidenciei o papel da mídia tanto na conscientização quanto nas questões morais de estímulo ou divulgação de acontecimentos quanto ao que é privado vir a tornar-se público. Juntamente, falei sobre o pepel governamental na criação de programas de conscientização para o bem-estar deste meio tão útil."
Nota da redação: As notas do Enem 2011 foram publicadas pelo Ministério da Educação apenas para consulta individual. O acesso ao resultado exige uma senha pessoal e intransferível. O MEC afirmou que muitos candidatos atingiram a pontuação máxima na redação do exame, mas informou que não pode confirmar a nota de nenhum deles.
Escapuliu! Valesca Popozuda deixa parte do seio à mostra em show

Valesca Popozuda se descuidou e acabou "pagando peitinho" durante sua apresentação na casa noturna Barra Music, na Zona Oeste do Rio, na noite desta quinta-feira, 22. O flagra indiscreto aconteceu quando a funkeira se abaixou para cumprimentar um fã. O sutiã de Valesca escorregou e a cantora deixou parte do seio à mostra.
 
Tudo azul: caverna de gelo encanta na Islândia

A Islândia não é apenas o país da cantora Björk e daquele vulcão impronunciável que provocou o caos na Europa. A sua natureza é exuberante. Prova disto é caverna de gelo de Vatnajokull, com o seu teto azul, no sul da ilha vulcânica, quando a geleira encontra o mar.
O gelo secular vem das encostas do vulcão Oaefajokull, o mais ativo na Islândia.
A Caverna de Cristal é acessível por uma entrada situada no Parque
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Profissionais de logística estão em alta no mercado
s aportes no setor INDUSTRIAL em logística somarão R$ 330 bilhões até 2014, segundo informações do BANCO Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além disso, o governo federal anunciou a continuidade dos investimentos em logística na segunda fase do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2) – o PAC 1 consumiu R$ 65,4 bilhões em logística.
Foto: Divulgação Ampliar
“Não basta criar ou produzir, é preciso suprir, distribuir e INFORMAR”, diz Luiz Carlos Lopes, diretor de operações da TRANSPORTADORA Braspress
O cenário de pleno INVESTIMENTO no setor de logística acirra a disputa por bons profissionais na área de supply chain (compras/cadeia de abastecimento), que engloba o setor de logística. Segundo o Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS), os custos logísticos correspondem a 8,3% da receita líquida das EMPRESAS.
Alexandre Fantozzi, sócio da Fantozzi & Associates − empresa de RECRUTAMENTO e seleção de EXECUTIVOS, aponta dois perfis-macro solicitados pelo mercado: o operador de logística e o executivo da área de logística.
“O primeiro, geralmente está alocado no cliente e é RESPONSÁVEL por garantir que o PROCESSO flua: recebimento e entrega de mercadoria, entre outros. O segundo é aquele que planeja as ações, adequa a PRODUCÃO ao planejamento de vendas e implementa centros de distribuição para ganhar velocidade na entrega das mercadorias”, explica Fantozzi.
Oportunidades
Nuno Fouto, professor do Provar (Programa de Administração do Varejo), da FIA (Fundação Instituto de Administração) acrescenta que as oportunidades para o profissional de logística estão em diversas áreas como produção, exportação, importação e integração, por conta do tamanho do BRASIL.
Foto: Danilo Chamas / Fotomontagem iG sobre SXC/Flickr CC Ampliar
De acordo com informações do BNDES, os aportes no setor industrial em logística somarão R$ 330 bilhões até 2014 AMBIENTE.
“Podemos citar as empresas ligadas a chamada grande distribuição, ou seja, bens e serviços para o consumidor final; as empresas ligadas ao desenvolvimento ou operação de projetos de infraestrutura de energia e de transportes; organizações complexas com grande variedade de processos e elevado grau de especificidade, como hospitais e hotéis; grandes integradoras, como a indústria automobilística e aeronáutica; empresas concessionárias de serviços públicos; e consultorias para todas as empresas citadas anteriormente”, exemplifica.
A alta demanda por esses profissionais também é refletida nos altos salários da área. De acordo com o Guia Salarial 2011-2012 da Robert Half, empresa de recrutamento, o salário de um diretor de logística com mais de 15 anos de experiência
Foto: Divulgação Ampliar
“Não basta criar ou produzir, é preciso suprir, distribuir e INFORMAR”, diz Luiz Carlos Lopes, diretor de operações da TRANSPORTADORA Braspress
O cenário de pleno INVESTIMENTO no setor de logística acirra a disputa por bons profissionais na área de supply chain (compras/cadeia de abastecimento), que engloba o setor de logística. Segundo o Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS), os custos logísticos correspondem a 8,3% da receita líquida das EMPRESAS.
Alexandre Fantozzi, sócio da Fantozzi & Associates − empresa de RECRUTAMENTO e seleção de EXECUTIVOS, aponta dois perfis-macro solicitados pelo mercado: o operador de logística e o executivo da área de logística.
“O primeiro, geralmente está alocado no cliente e é RESPONSÁVEL por garantir que o PROCESSO flua: recebimento e entrega de mercadoria, entre outros. O segundo é aquele que planeja as ações, adequa a PRODUCÃO ao planejamento de vendas e implementa centros de distribuição para ganhar velocidade na entrega das mercadorias”, explica Fantozzi.
Oportunidades
Nuno Fouto, professor do Provar (Programa de Administração do Varejo), da FIA (Fundação Instituto de Administração) acrescenta que as oportunidades para o profissional de logística estão em diversas áreas como produção, exportação, importação e integração, por conta do tamanho do BRASIL.
Foto: Danilo Chamas / Fotomontagem iG sobre SXC/Flickr CC Ampliar
De acordo com informações do BNDES, os aportes no setor industrial em logística somarão R$ 330 bilhões até 2014 AMBIENTE.
“Podemos citar as empresas ligadas a chamada grande distribuição, ou seja, bens e serviços para o consumidor final; as empresas ligadas ao desenvolvimento ou operação de projetos de infraestrutura de energia e de transportes; organizações complexas com grande variedade de processos e elevado grau de especificidade, como hospitais e hotéis; grandes integradoras, como a indústria automobilística e aeronáutica; empresas concessionárias de serviços públicos; e consultorias para todas as empresas citadas anteriormente”, exemplifica.
A alta demanda por esses profissionais também é refletida nos altos salários da área. De acordo com o Guia Salarial 2011-2012 da Robert Half, empresa de recrutamento, o salário de um diretor de logística com mais de 15 anos de experiência
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Homem é preso com arco e flechas para arremessar celular em presídio
Um homem foi preso e dois adolescentes apreendidos após serem flagrados com celulares presos em flechas e um arco em Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, nesta quarta-feira (17). Segundo a polícia, eles confessaram que foram pagos para arremessar as flechas com os aparelhos para dentro da penitenciária da cidade, onde estão presos os criminosos mais perigosos do estado.
De acordo com a polícia, o arco que estava com os suspeitos era capaz de arremessar as flechas a mais de mil metros. Os celulares eram presos com fita adesiva.
saiba mais
Suspeito de tentar arremessar celular com arco e flecha em presídio é preso
Os suspeitos foram surpreendidos quando se aproximavam da penitenciária. A polícia desconfiou e abordou os três. Eles disseram que o arco e as flechas foram comprados no Paraguai e que eles treinaram por mais de um mês com equipamento.
O homem preso foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá. Ele vai responder por formação de quadrilha. Os adolescentes estão à disposição da Justiça.
De acordo com a polícia, o arco que estava com os suspeitos era capaz de arremessar as flechas a mais de mil metros. Os celulares eram presos com fita adesiva.
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Suspeito de tentar arremessar celular com arco e flecha em presídio é preso
Os suspeitos foram surpreendidos quando se aproximavam da penitenciária. A polícia desconfiou e abordou os três. Eles disseram que o arco e as flechas foram comprados no Paraguai e que eles treinaram por mais de um mês com equipamento.
O homem preso foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá. Ele vai responder por formação de quadrilha. Os adolescentes estão à disposição da Justiça.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Dieta do brasileiro tem 'poucos nutrientes e muitas calorias', diz IBGE
Composta prioritariamente por arroz e feijão, associados a alimentos calóricos e de baixo teor nutritivo, a dieta de 90% dos brasileiros está fora do padrão recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no que diz respeito ao consumo de frutas, verduras e legumes. É o que aponta o estudo Análise de Consumo Alimentar Pessoal no Brasil, da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009. O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (28), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Você tem uma alimentação saudável? Envie perguntas para o chat do G1
Segundo o IBGE, a OMS e o Guia Alimentar Brasileiro sugerem o consumo de 400 g de frutas, legumes e verduras por dia. Nem 10% da população ingere o indicado. As maiores médias de consumo diário per capita no país são de feijão (182,9 g/dia), arroz (160,3 g/dia), carne bovina (63,2 g/dia), sucos (145,0 g/dia), refrigerantes (94,7 g/dia) e café (215,1 g/dia). (Siga a leitura da reportagem após o infográfico sobre o prato do brasileiro)
De acordo com o levantamento, os brasileiros, principalmente os adolescentes, consomem em grande quantidade alimentos como biscoitos, linguiça, salsicha, mortadela, sanduíches e salgados. Entre as bebidas, destaque para os refrigerantes e sucos com adição de açúcar. O consumo de biscoitos recheados foi quatro vezes maior entre os adolescentes (12,3 g/dia) do que entre adultos (3,2 g/dia) e foi mínimo entre os idosos (0,6 g/dia). Para sanduíches, os adolescentes e os adultos apresentaram médias de consumo duas vezes maiores do que os idosos.
No levantamento por situação de domicílio, a população rural brasileira apresenta maiores médias diárias de consumo per capita de frutas e peixes frescos do que a população urbana. Destacam-se nos domicílios rurais o consumo de arroz, feijão, peixes frescos e farinha de mandioca. Já na área urbana, segundo o IBGE, destaque para os refrigerantes, pão de sal, cerveja e sanduíches.
Quando considerada a alimentação de homens e mulheres, o estudo aponta que os homens têm menor consumo per capita de verduras, saladas, e grande parte das frutas e doces. Já o consumo per capita de cerveja e bebidas destiladas chega a ser cerca de cinco vezes maior entre os homens do que entre as mulheres - o consumo de cerveja é de 8,1 g/dia entre as mulheres, contra 55,7 g/dia entre os homens.
Você tem uma alimentação saudável? Envie perguntas para o chat do G1
Segundo o IBGE, a OMS e o Guia Alimentar Brasileiro sugerem o consumo de 400 g de frutas, legumes e verduras por dia. Nem 10% da população ingere o indicado. As maiores médias de consumo diário per capita no país são de feijão (182,9 g/dia), arroz (160,3 g/dia), carne bovina (63,2 g/dia), sucos (145,0 g/dia), refrigerantes (94,7 g/dia) e café (215,1 g/dia). (Siga a leitura da reportagem após o infográfico sobre o prato do brasileiro)
De acordo com o levantamento, os brasileiros, principalmente os adolescentes, consomem em grande quantidade alimentos como biscoitos, linguiça, salsicha, mortadela, sanduíches e salgados. Entre as bebidas, destaque para os refrigerantes e sucos com adição de açúcar. O consumo de biscoitos recheados foi quatro vezes maior entre os adolescentes (12,3 g/dia) do que entre adultos (3,2 g/dia) e foi mínimo entre os idosos (0,6 g/dia). Para sanduíches, os adolescentes e os adultos apresentaram médias de consumo duas vezes maiores do que os idosos.
No levantamento por situação de domicílio, a população rural brasileira apresenta maiores médias diárias de consumo per capita de frutas e peixes frescos do que a população urbana. Destacam-se nos domicílios rurais o consumo de arroz, feijão, peixes frescos e farinha de mandioca. Já na área urbana, segundo o IBGE, destaque para os refrigerantes, pão de sal, cerveja e sanduíches.
Quando considerada a alimentação de homens e mulheres, o estudo aponta que os homens têm menor consumo per capita de verduras, saladas, e grande parte das frutas e doces. Já o consumo per capita de cerveja e bebidas destiladas chega a ser cerca de cinco vezes maior entre os homens do que entre as mulheres - o consumo de cerveja é de 8,1 g/dia entre as mulheres, contra 55,7 g/dia entre os homens.
sábado, 16 de julho de 2011
Formação participativa na busca de um ambiente saudável
Desde o início de 2005, o Centro da Juventude para a Paz (CEJUPAZ), localizado em Teresina/ PI, vem implementando, monitorando e avaliando projetos através dos quais procura concretizar entre as juventudes do Nordeste Brasileiro, uma formação por meio da ação participativa com os objetivos da educação para a paz, para os direitos humanos (DHECA), num esforço de empoderar essas juventudes no protagonismo da transformação social. Inicialmente apostou como experiências-piloto, nas cidades de Timon e São Luis do Maranhão; atualmente, esses projetos já estão numa fase de implementação também nas cidades de Açailândia e Balsas (Maranhão), e Salvador (Bahia). Pretende no ano de 2008, ampliar a sua abrangência a João Pessoa (Paraíba) e Fortaleza (Ceará).
O projeto “Juventude pela Paz” quer estabelecer uma rede de grupos (círculos) de jovens engajados na construção de uma cultura de paz a partir de suas comunidades. Neste sentido, por meio da iniciativa de inserção no ambiente escolar, tem apostado no projeto “Escolas pela Paz”, formando a juventude estudantil e professores a tornarem-se incentivadores e agentes de promoção de uma cultura de paz, na realização participativa da cidadania e na educação reinvindicativa dos direitos humanos (DHECA). Por isso, sentimos que seja necessário: a) o empenho de todos na construção de uma cultura de Paz a partir da compreensão dos problemas mundiais e na capacidade de resolver os conflitos; b) lutar pela justiça de forma não-violenta, ajudando a compreender as normas internacionais de direitos humanos e da justiça, ensinando a valorizar a diversidade cultural; c) sensibilizar à perspectiva ecológica no respeito pela vida. Achamos que esse aprendizado só é possível ser alcançado mediante uma educação sistemática para a Paz, para os Direitos Humanos e para o cuidado do Meio Ambiente. Acreditamos que a Escola deve ser o lugar de formação de adultos conscientes e participativos. Por isso, para destacar e reforçar o protagonismo e o empoderamento dos jovens e educadores, são promovidas atividades sócio-formativas, lúdicas e interventivas que visam contribuir para a conscientização dos problemas mundiais e o empenho nas realidades locais.
O Brasil é um dos países mais ricos em fauna e flora no conjunto dos seus ecossistemas. Porém, pela maneira de proceder do homem, gradativamente, esses ecossistemas estão sendo destruídos; a diminuição da biodiversidade pela exploração dos recursos naturais, a poluição dos rios, mares, lagos, lagoas e do ar, a crise energética, a fome (num país tão rico), etc., além do aquecimento global, exigem ser abordados em vista de uma resolução. Toda a sociedade deve participar dessa mudança. Acreditamos que os jovens e educadores estão entre os melhores agentes de transformações sociais. É possível criar entre eles uma consciência ambiental a fim de que deixemos para as gerações futuras um lugar com possibilidade de vida. É por isso necessário pensar a realidade e traçar caminhos para passar dos problemas à conquista dos sonhos, através da educação ambiental. Essa educação só é factível na participação e ação de todos.
Os últimos decénios do século XX, no Brasil e em muitas regiões do mundo, foram carcterizados por um forte urbanismo, desvinculando populações inteiras dos meios rurais! A aposta em condições de vida com acessibilidade maior aos bens de consumo, a fuga de regiões do semi-árido, caatinga e sertões do Nordeste Brasileiro devido a grandes periodos de seca, a uma agricultura de subsistência não mais atrativa para as camadas jovenis, a ilusão da cidade com todas as possibilidades de geração de renda, levou ao exodo rural e à proliferação de grandes periferias e favelas ao redor e interno das grandes metrópoles. A falta de infra-estrutura habitacional, educacional, sanitária, a baixa renda e a mistura de gente de várias proveniências desenraizada do seu mundo cultural, provocam situações de marginalização, violência, degradação e desestabilização humana e social! Estes novos contextos humanos carentes de organização social e por isso deficitários de infra-estrutura urbana, provocam situações de margialidade sobretudo entre os jovens com falta de prespetivas de vida, situação de apatia social entre os mais idosos devido ao desenraizamento cultural, a perda de valores humanos, sociais e culturais em muitas familias degradadas económica e moralmente. As escolas que deveriam ser espaços de transformação educativa e construtivas de sociabilização, preparando os jovens para a realização profissional e humana, muitas vezes são palco da violência e da degradação moral social e familiar! É nestas grandes periferias urbanas que também a esperança e a força transformadora vem sendo construida por meio da criatividade, da aposta das comunidades, escolas, movimentos sociais e culturais, ongs, centros de defesa de Direitos Humanos, Económicos, Sociais, Culturais e Ambientais. A particapação democrática no governo e na destinação dos recursos económicos destinados às melhorias da cidade vem sendo cada vez mais assumida pelo interesse das populações, exigindo transparência e reinvidicando os direitos garantidos na constituição. A Constituição Federal de 1988 no Cap. VI, Titulo VIII da Ordem Social, Art. 255, garante que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem como de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. Este artigo da Constituição Federal Brasileira, exige uma consciência ética ambiental de carácter profundamente ecocêntrico e biocêntrico, por meio do compromisso politico, social e individual.
Partindo dos pressupostos acima evidenciados da realidade social, humana e ambiental das periferias onde habitamos, o CEJUPAZ tem apostado desde a sua criação na educação ambiental, no empoderamento e protagonismo juvenil para a transformação da realidade por meio do projeto “Juventude para a Paz” e “Escolas para a Paz”. No Parque Alvorada, periferia da periférica cidade de Timon / MA em relação à Capital Teresina / PI, tem ajudado à tomada de consciência da realidade juntamente com as comunidades e as escolas. A Metodogia de intervenção participativa nasceu a partir de um Macro-diagnóstico realizado nos finais de 2005 que nos deu a radiografia da realidade e as chaves de leitura capazes de programar ações concretas. Em sintese os dados fornecidos pelo Macro-Diagnóstico nos indicam que:
1. A população estimada de Timon é de 141.109 (dados do IBGE de 2004, cfr. www.ibge.gov.br ). Somente no Parque Alvorada, estima-se haver entre 55.000 a 60.000 habitantes. Cerca de 85% da população de Timon vive na zona urbana e somente 18% vive na zona rural. A maioria da população do Parque Alvorada vivia no interior e trabalhavam com agricultura de subsistência. Hoje, na periferia, vivem como subempregados.
2. O Parque Alvorada politicamente pertence a Timon. Economicamente depende de Teresina. Na prática, este grande bairro é mais periferia de Teresina que de Timon e abriga gente que veio do interior, de Teresina e de outros estados do nordeste através de um contínuo êxodo rural…
3. Boa parte dessa população é formada por jovens, muitos com nenhuma ou pouca perspectiva. Há pouca oportunidade de emprego no Parque Alvorada o que gera um grande número de desempregados ou que vivem de subempregos e sem perspectivas. Quem consegue um melhor emprego, trabalha em Teresina.
4. O setor Cidade Nova é a parte mais recente do bairro e a que mais recebe imigrante. Este setor se divide em três e é extremamente pobre em muitos aspectos.
5. Além da falta de emprego, o bairro ainda enfrenta outros problemas e carências. Entre as muitas dificuldades enfrentadas estão falta de saneamento básico, saúde pública precária, uso de drogas, falta de segurança e iluminação pública, moradia precária, falta de lazer sadio e incentivo à cultura, falta de lideranças e pessoas comprometidas com o bem comum da população.
6. Nota-se na população um alto índice de consumo de álcool e incidência de prostituição. Entre os pequenos comércios, há grande número de bares. Há muito analfabetismo e uma crescente violência e insegurança. Transporte público existe com regularidade, mas não atende a todos os bairros.
7. Em todo o Parque Alvorada há cinco escolas de Segundo Grau (ensino médio), uma biblioteca pública, um hospital, uma delegacia de Polícia Civil e uma de Policia Militar e também um posto de correios. Não há agências bancárias.
8. Existe a Associação de Moradores do Parque Alvorada (AMOPA). Esta parece não cumprir adequadamente seu papel. Há comodismo e pouca consciência política na população. Além disso, verifica-se a falta de políticas públicas e investimento social no bairro. Até o momento, o Parque Alvorada não possui representação política.
Para sensibilizar a juventude pensamos na estratégia de entrarmos no mundo escolar e realizar ações socio-formativas e lúdicas. Assim de 2005 a 2007 já realizámos 3 Gincanas inter-escolares. Em 2005 a conscientização era sobre a criação de uma cultura de Paz: “Ao realizarmos estudos acerca dos problemas gerados pela falta de paz em nossa sociedade, e em especial, envolvendo a juventude do Parque Alvorada e adjacências, concluímos que se faz necessário a adoção de medidas e atividades de conscientização no sentido de construirmos uma Cultura de Paz. Pensamos nesta gincana como primeira atividade de conscientização e como uma possibilidade de exercitarmos o espírito esportivo de nossa juventude. O referido evento objetiva promover e divulgar a cultura de paz, levando as pessoas à prática da não-violência e a uma nova definição de paz.”
Em 2006 o principal objetivo desta gincana foi descobrir juntamente com alunos e professores mecanismos de promoção e vivência dos direitos humanos na perspectiva da cultura de paz. O tema era: “Juventudes e Direitos” e o lema: “Queremos fazer nossos direitos acontecerem!”. Em 2007 a preocupação da construção da paz foi na área da consciência ecológica. O Tema: “Educação Ambiental” e o lema: “Cuidar do Meio Ambiente é Cuidar da Nossa Gente!”. O objetivo central foi despertar na comunidade escolar uma maior consciência ecológica e sócio-ambiental e incentivar o desenvolvimento de uma atitude permanente de cuidado para com o meio ambiente e para com as pessoas. Ao mesmo tempo que queríamos promover um espaço de socialização, formação, cidadania, lazer e cultura entre as escolas, queríamos fazer uma avaliação do grau de percepção dos participantes quanto aos problemas ambientais locais. Propomos que eles pudessem identificar e fazer uma listagem dos problemas da área do Parque Alvorada e que pudessem escolher a situação mais gritante em termos ambientais! Os alunos identificaram a existência de duas enormes crateras com água suja e lixo acumulado que ameaçam a saúde pública: o Barreirão e o Buraco da Raposa e a vala a céu aberto dos esgotos que atraversa todo o Bairro criando focos de doença. Deste modo ajudamos os alunos a fazer a contextualização da situação. Para que a situação fosse bem documentada pedimos que fizessem um levantamento das situações junto das pessoas que moram perto e que documentassem com fotos e videos.
Ao realizarmos a leitura documentada das provas, buscamos soluções! As crateras são fruto da ação humana e da natureza e constituem um perigo enorme para as populações! Conscientizar o povo para não jogar lixo poderia ser uma medida, mas não bastaria! As autoridades escolhidas pelo povo têm que atuar, pois elas possuem as verbas e os meios tecnicos para resolver a situação. O objetivo diante dos alunos foi que eles pudessem ter uma visão politica e participativa na transformação da realidade, que assumissem o protagonismo da ação de reinvidicação dos direitos ambientais devidos. Empoderar os jovens com vez e voz , ajudando estes a ler a sua realidade com olhar critico e a buscar soluções de uma vida melhor para todos fazendo valer o valor de cidadãos capazes de eleger os gestores públicos. Ajudámos estes a saber fazer uma denúncia pública às secretarias da infra-estrutura e meio ambiente e junto ao ministério público. Uma denúncia por escrito de agressão ao meio ambiente deve conter os seguintes dados: descrição exata dos fatos e do local de ocorrência e, se possível, nome e endereço do degradador. Quanto mais detalhada e mais documentada a denúncia, mais rápida e eficazmente poderá agir o órgão ambiental. Portanto, deve procurar anexar todo tipo de prova que possa dar credibilidade às suas informações e também facilitar o trabalho do Poder Público: fotos, vídeos, mapas, notícias de jornais, revistas, nome e endereço de testemunhas. O modelo de denúncia ambiental que usámos para ajudar os alunos foi retirado da Fundação SOS Mata Atlântica: Para que a denúncia esteja completa deve possuir:
1. Título da denúncia;
2. Descrição minuciosa dos fatos (tipo de agressão, local, etc.);
3. Data da verificação do problema;
4. Local da denúncia (indique referências de como chegar ao local, etc.);
5. Nome(s) e endereço(s) do(s) responsável (is) ou do(s) suposto(s) responsável (is) pela agressão;
6. Relação das provas que seguirão anexas (fotos, croquis etc.);
7. Nome, endereço, e telefone da escola denunciante;
8. Providências e encaminhamentos que já foram tomadas (informar se já foi feita alguma denuncia anteriormente, nome das autoridades e o número de protocolo que tomou a denúncia junto aos órgãos competentes);
9. Transcrever o texto do ofício de encaminhamento.
Foram levadas por alguns representantes das escolas junto com os jovens do Jupaz e a equipe do Cejupaz estas provas documentadas aos orgãos públicos acima nomeados, exigindo a devida protocolação dos documentos. Esperámos resposta que não mais chegou. Junto com o grupo de jovens Jupaz pensámos novas medidas que envolvessem os alunos das escolas! Decidimos fazer uma campanha de assinaturas dizendo para os alunos que a sua voz não poderia ser calada no esquecimento das autoridades públicas competentes. Assim foram recolhidas 711 assinaturas que foram entregues ao ministério público, pedindo explicações pela falta de resposta à denúncia feita. Verificamos que o promotor tinha sido mudado e que o processo tinha sido engavetado! Sabendo da consciência politica e ambiental dos alunos, o novo promotor alertou as secretarias competentes para marcar uma reunião com as entidades, associações de moradores e escolas em vista da resolução dos problemas ambientais focados. As promessas que a secretaria de infra-estrutura fez no local visitado com as entidades e uma equipe de ambientalistas, foi a da resolução do problema com medidas a instalar no locar do Barreirão um parque ambiental com espaços ludicos. Quanto à solução da vala de esgoto que atravessa todo o Bairro e a cratera do Buraco da Raposa foi dito a não existência de verbas disponiveis no momento, mas que iriam ser solicitadas ao Ministério em Brasilia. Caso essa situação não se realize programaremos outras ações junto com os alunos, tais como fazer um cordão humano com vendas na boca desde o Barreirão, percorrendo toda a vala que atraversa o Bairro até ao Buraco da Raposa. Outras ações serão sugeridas pelos alunos.
Toda esta ação sócio-formativa de educação ambiental que o CEJUPAZ está realizando é em vista da pacífica e participativa resolução de problemas baseada na Metodologia de Willian Stapp com o seu método das 13 etapas, que busca a solução, partindo de um diagnóstico do problema e de um conhecimento construído colectivamente. Junto aos jovens estudantes das escolas nos colocámos em situação de vizinhança e nunca quizemos dar passos sem o conhecimento deles, para que possam aprender todo o processo persistente em vista do produto final inicialmente planejado com a participação de todos. Não deixamos de manter uma postura de esperança transformadora e acreditarmos numa educação ambiental que nasce da ação consciente e participada em vista da transformação da realidade. Ajudamos a perceber a ética da gratuidade por meio da disponibilidade ao serviço deles e fomentando o protagonismo deles na construção de uma cultura de paz. Tivemos sempre uma atitude de agradecimento a todos por terem assumido e se empenhado na construção dessa cultura de paz, na luta para fazer valer os direitos e por um meio ambiente sadio e equilibrado para todos. Estamos confiantes que, com o empenho e participação de todos, teremos êxito nesta luta. Nossas famílias e as próximas gerações certamente agradecerão.
O projeto “Juventude pela Paz” quer estabelecer uma rede de grupos (círculos) de jovens engajados na construção de uma cultura de paz a partir de suas comunidades. Neste sentido, por meio da iniciativa de inserção no ambiente escolar, tem apostado no projeto “Escolas pela Paz”, formando a juventude estudantil e professores a tornarem-se incentivadores e agentes de promoção de uma cultura de paz, na realização participativa da cidadania e na educação reinvindicativa dos direitos humanos (DHECA). Por isso, sentimos que seja necessário: a) o empenho de todos na construção de uma cultura de Paz a partir da compreensão dos problemas mundiais e na capacidade de resolver os conflitos; b) lutar pela justiça de forma não-violenta, ajudando a compreender as normas internacionais de direitos humanos e da justiça, ensinando a valorizar a diversidade cultural; c) sensibilizar à perspectiva ecológica no respeito pela vida. Achamos que esse aprendizado só é possível ser alcançado mediante uma educação sistemática para a Paz, para os Direitos Humanos e para o cuidado do Meio Ambiente. Acreditamos que a Escola deve ser o lugar de formação de adultos conscientes e participativos. Por isso, para destacar e reforçar o protagonismo e o empoderamento dos jovens e educadores, são promovidas atividades sócio-formativas, lúdicas e interventivas que visam contribuir para a conscientização dos problemas mundiais e o empenho nas realidades locais.
O Brasil é um dos países mais ricos em fauna e flora no conjunto dos seus ecossistemas. Porém, pela maneira de proceder do homem, gradativamente, esses ecossistemas estão sendo destruídos; a diminuição da biodiversidade pela exploração dos recursos naturais, a poluição dos rios, mares, lagos, lagoas e do ar, a crise energética, a fome (num país tão rico), etc., além do aquecimento global, exigem ser abordados em vista de uma resolução. Toda a sociedade deve participar dessa mudança. Acreditamos que os jovens e educadores estão entre os melhores agentes de transformações sociais. É possível criar entre eles uma consciência ambiental a fim de que deixemos para as gerações futuras um lugar com possibilidade de vida. É por isso necessário pensar a realidade e traçar caminhos para passar dos problemas à conquista dos sonhos, através da educação ambiental. Essa educação só é factível na participação e ação de todos.
Os últimos decénios do século XX, no Brasil e em muitas regiões do mundo, foram carcterizados por um forte urbanismo, desvinculando populações inteiras dos meios rurais! A aposta em condições de vida com acessibilidade maior aos bens de consumo, a fuga de regiões do semi-árido, caatinga e sertões do Nordeste Brasileiro devido a grandes periodos de seca, a uma agricultura de subsistência não mais atrativa para as camadas jovenis, a ilusão da cidade com todas as possibilidades de geração de renda, levou ao exodo rural e à proliferação de grandes periferias e favelas ao redor e interno das grandes metrópoles. A falta de infra-estrutura habitacional, educacional, sanitária, a baixa renda e a mistura de gente de várias proveniências desenraizada do seu mundo cultural, provocam situações de marginalização, violência, degradação e desestabilização humana e social! Estes novos contextos humanos carentes de organização social e por isso deficitários de infra-estrutura urbana, provocam situações de margialidade sobretudo entre os jovens com falta de prespetivas de vida, situação de apatia social entre os mais idosos devido ao desenraizamento cultural, a perda de valores humanos, sociais e culturais em muitas familias degradadas económica e moralmente. As escolas que deveriam ser espaços de transformação educativa e construtivas de sociabilização, preparando os jovens para a realização profissional e humana, muitas vezes são palco da violência e da degradação moral social e familiar! É nestas grandes periferias urbanas que também a esperança e a força transformadora vem sendo construida por meio da criatividade, da aposta das comunidades, escolas, movimentos sociais e culturais, ongs, centros de defesa de Direitos Humanos, Económicos, Sociais, Culturais e Ambientais. A particapação democrática no governo e na destinação dos recursos económicos destinados às melhorias da cidade vem sendo cada vez mais assumida pelo interesse das populações, exigindo transparência e reinvidicando os direitos garantidos na constituição. A Constituição Federal de 1988 no Cap. VI, Titulo VIII da Ordem Social, Art. 255, garante que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem como de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. Este artigo da Constituição Federal Brasileira, exige uma consciência ética ambiental de carácter profundamente ecocêntrico e biocêntrico, por meio do compromisso politico, social e individual.
Partindo dos pressupostos acima evidenciados da realidade social, humana e ambiental das periferias onde habitamos, o CEJUPAZ tem apostado desde a sua criação na educação ambiental, no empoderamento e protagonismo juvenil para a transformação da realidade por meio do projeto “Juventude para a Paz” e “Escolas para a Paz”. No Parque Alvorada, periferia da periférica cidade de Timon / MA em relação à Capital Teresina / PI, tem ajudado à tomada de consciência da realidade juntamente com as comunidades e as escolas. A Metodogia de intervenção participativa nasceu a partir de um Macro-diagnóstico realizado nos finais de 2005 que nos deu a radiografia da realidade e as chaves de leitura capazes de programar ações concretas. Em sintese os dados fornecidos pelo Macro-Diagnóstico nos indicam que:
1. A população estimada de Timon é de 141.109 (dados do IBGE de 2004, cfr. www.ibge.gov.br ). Somente no Parque Alvorada, estima-se haver entre 55.000 a 60.000 habitantes. Cerca de 85% da população de Timon vive na zona urbana e somente 18% vive na zona rural. A maioria da população do Parque Alvorada vivia no interior e trabalhavam com agricultura de subsistência. Hoje, na periferia, vivem como subempregados.
2. O Parque Alvorada politicamente pertence a Timon. Economicamente depende de Teresina. Na prática, este grande bairro é mais periferia de Teresina que de Timon e abriga gente que veio do interior, de Teresina e de outros estados do nordeste através de um contínuo êxodo rural…
3. Boa parte dessa população é formada por jovens, muitos com nenhuma ou pouca perspectiva. Há pouca oportunidade de emprego no Parque Alvorada o que gera um grande número de desempregados ou que vivem de subempregos e sem perspectivas. Quem consegue um melhor emprego, trabalha em Teresina.
4. O setor Cidade Nova é a parte mais recente do bairro e a que mais recebe imigrante. Este setor se divide em três e é extremamente pobre em muitos aspectos.
5. Além da falta de emprego, o bairro ainda enfrenta outros problemas e carências. Entre as muitas dificuldades enfrentadas estão falta de saneamento básico, saúde pública precária, uso de drogas, falta de segurança e iluminação pública, moradia precária, falta de lazer sadio e incentivo à cultura, falta de lideranças e pessoas comprometidas com o bem comum da população.
6. Nota-se na população um alto índice de consumo de álcool e incidência de prostituição. Entre os pequenos comércios, há grande número de bares. Há muito analfabetismo e uma crescente violência e insegurança. Transporte público existe com regularidade, mas não atende a todos os bairros.
7. Em todo o Parque Alvorada há cinco escolas de Segundo Grau (ensino médio), uma biblioteca pública, um hospital, uma delegacia de Polícia Civil e uma de Policia Militar e também um posto de correios. Não há agências bancárias.
8. Existe a Associação de Moradores do Parque Alvorada (AMOPA). Esta parece não cumprir adequadamente seu papel. Há comodismo e pouca consciência política na população. Além disso, verifica-se a falta de políticas públicas e investimento social no bairro. Até o momento, o Parque Alvorada não possui representação política.
Para sensibilizar a juventude pensamos na estratégia de entrarmos no mundo escolar e realizar ações socio-formativas e lúdicas. Assim de 2005 a 2007 já realizámos 3 Gincanas inter-escolares. Em 2005 a conscientização era sobre a criação de uma cultura de Paz: “Ao realizarmos estudos acerca dos problemas gerados pela falta de paz em nossa sociedade, e em especial, envolvendo a juventude do Parque Alvorada e adjacências, concluímos que se faz necessário a adoção de medidas e atividades de conscientização no sentido de construirmos uma Cultura de Paz. Pensamos nesta gincana como primeira atividade de conscientização e como uma possibilidade de exercitarmos o espírito esportivo de nossa juventude. O referido evento objetiva promover e divulgar a cultura de paz, levando as pessoas à prática da não-violência e a uma nova definição de paz.”
Em 2006 o principal objetivo desta gincana foi descobrir juntamente com alunos e professores mecanismos de promoção e vivência dos direitos humanos na perspectiva da cultura de paz. O tema era: “Juventudes e Direitos” e o lema: “Queremos fazer nossos direitos acontecerem!”. Em 2007 a preocupação da construção da paz foi na área da consciência ecológica. O Tema: “Educação Ambiental” e o lema: “Cuidar do Meio Ambiente é Cuidar da Nossa Gente!”. O objetivo central foi despertar na comunidade escolar uma maior consciência ecológica e sócio-ambiental e incentivar o desenvolvimento de uma atitude permanente de cuidado para com o meio ambiente e para com as pessoas. Ao mesmo tempo que queríamos promover um espaço de socialização, formação, cidadania, lazer e cultura entre as escolas, queríamos fazer uma avaliação do grau de percepção dos participantes quanto aos problemas ambientais locais. Propomos que eles pudessem identificar e fazer uma listagem dos problemas da área do Parque Alvorada e que pudessem escolher a situação mais gritante em termos ambientais! Os alunos identificaram a existência de duas enormes crateras com água suja e lixo acumulado que ameaçam a saúde pública: o Barreirão e o Buraco da Raposa e a vala a céu aberto dos esgotos que atraversa todo o Bairro criando focos de doença. Deste modo ajudamos os alunos a fazer a contextualização da situação. Para que a situação fosse bem documentada pedimos que fizessem um levantamento das situações junto das pessoas que moram perto e que documentassem com fotos e videos.
Ao realizarmos a leitura documentada das provas, buscamos soluções! As crateras são fruto da ação humana e da natureza e constituem um perigo enorme para as populações! Conscientizar o povo para não jogar lixo poderia ser uma medida, mas não bastaria! As autoridades escolhidas pelo povo têm que atuar, pois elas possuem as verbas e os meios tecnicos para resolver a situação. O objetivo diante dos alunos foi que eles pudessem ter uma visão politica e participativa na transformação da realidade, que assumissem o protagonismo da ação de reinvidicação dos direitos ambientais devidos. Empoderar os jovens com vez e voz , ajudando estes a ler a sua realidade com olhar critico e a buscar soluções de uma vida melhor para todos fazendo valer o valor de cidadãos capazes de eleger os gestores públicos. Ajudámos estes a saber fazer uma denúncia pública às secretarias da infra-estrutura e meio ambiente e junto ao ministério público. Uma denúncia por escrito de agressão ao meio ambiente deve conter os seguintes dados: descrição exata dos fatos e do local de ocorrência e, se possível, nome e endereço do degradador. Quanto mais detalhada e mais documentada a denúncia, mais rápida e eficazmente poderá agir o órgão ambiental. Portanto, deve procurar anexar todo tipo de prova que possa dar credibilidade às suas informações e também facilitar o trabalho do Poder Público: fotos, vídeos, mapas, notícias de jornais, revistas, nome e endereço de testemunhas. O modelo de denúncia ambiental que usámos para ajudar os alunos foi retirado da Fundação SOS Mata Atlântica: Para que a denúncia esteja completa deve possuir:
1. Título da denúncia;
2. Descrição minuciosa dos fatos (tipo de agressão, local, etc.);
3. Data da verificação do problema;
4. Local da denúncia (indique referências de como chegar ao local, etc.);
5. Nome(s) e endereço(s) do(s) responsável (is) ou do(s) suposto(s) responsável (is) pela agressão;
6. Relação das provas que seguirão anexas (fotos, croquis etc.);
7. Nome, endereço, e telefone da escola denunciante;
8. Providências e encaminhamentos que já foram tomadas (informar se já foi feita alguma denuncia anteriormente, nome das autoridades e o número de protocolo que tomou a denúncia junto aos órgãos competentes);
9. Transcrever o texto do ofício de encaminhamento.
Foram levadas por alguns representantes das escolas junto com os jovens do Jupaz e a equipe do Cejupaz estas provas documentadas aos orgãos públicos acima nomeados, exigindo a devida protocolação dos documentos. Esperámos resposta que não mais chegou. Junto com o grupo de jovens Jupaz pensámos novas medidas que envolvessem os alunos das escolas! Decidimos fazer uma campanha de assinaturas dizendo para os alunos que a sua voz não poderia ser calada no esquecimento das autoridades públicas competentes. Assim foram recolhidas 711 assinaturas que foram entregues ao ministério público, pedindo explicações pela falta de resposta à denúncia feita. Verificamos que o promotor tinha sido mudado e que o processo tinha sido engavetado! Sabendo da consciência politica e ambiental dos alunos, o novo promotor alertou as secretarias competentes para marcar uma reunião com as entidades, associações de moradores e escolas em vista da resolução dos problemas ambientais focados. As promessas que a secretaria de infra-estrutura fez no local visitado com as entidades e uma equipe de ambientalistas, foi a da resolução do problema com medidas a instalar no locar do Barreirão um parque ambiental com espaços ludicos. Quanto à solução da vala de esgoto que atravessa todo o Bairro e a cratera do Buraco da Raposa foi dito a não existência de verbas disponiveis no momento, mas que iriam ser solicitadas ao Ministério em Brasilia. Caso essa situação não se realize programaremos outras ações junto com os alunos, tais como fazer um cordão humano com vendas na boca desde o Barreirão, percorrendo toda a vala que atraversa o Bairro até ao Buraco da Raposa. Outras ações serão sugeridas pelos alunos.
Toda esta ação sócio-formativa de educação ambiental que o CEJUPAZ está realizando é em vista da pacífica e participativa resolução de problemas baseada na Metodologia de Willian Stapp com o seu método das 13 etapas, que busca a solução, partindo de um diagnóstico do problema e de um conhecimento construído colectivamente. Junto aos jovens estudantes das escolas nos colocámos em situação de vizinhança e nunca quizemos dar passos sem o conhecimento deles, para que possam aprender todo o processo persistente em vista do produto final inicialmente planejado com a participação de todos. Não deixamos de manter uma postura de esperança transformadora e acreditarmos numa educação ambiental que nasce da ação consciente e participada em vista da transformação da realidade. Ajudamos a perceber a ética da gratuidade por meio da disponibilidade ao serviço deles e fomentando o protagonismo deles na construção de uma cultura de paz. Tivemos sempre uma atitude de agradecimento a todos por terem assumido e se empenhado na construção dessa cultura de paz, na luta para fazer valer os direitos e por um meio ambiente sadio e equilibrado para todos. Estamos confiantes que, com o empenho e participação de todos, teremos êxito nesta luta. Nossas famílias e as próximas gerações certamente agradecerão.
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