sexta-feira, 15 de julho de 2011

Ambiente Sustentavel

A Endesa assinou um convênio com o estado do Rio de Janeiro e a Prefeitura de Búzios para criar uma "cidade inteligente" do ponto de vista energético, em um projeto pioneiro tanto no Brasil como no conjunto da América Latina, informou nesta terça-feira (12/07) a empresa espanhola.

A "Cidade Inteligente Búzios", com tecnologias provadas por empresas do grupo italiano Enel (acionista de referência da Endesa), contará com uma rede inteligente de distribuição de energia elétrica capaz de integrar toda a geração existente, as energias renováveis e os veículos elétricos.

O projeto, que quer se transformar em uma referência do consumo eficiente, será desenvolvido pela empresa Ampla, distribuidora da Endesa no estado do Rio de Janeiro. A instalação de contadores inteligentes e de novos sistemas de automatização da rede permitirá reduzir as perdas de energia e aumentar a qualidade e a segurança da provisão.

Entre os benefícios desta iniciativa se destacam a possibilidade de aplicar tarifas diferenciadas de acordo com o horário de consumo, a capacidade de controlar o consumo por cada aparelho em tempo real - o que melhorará a eficiência energética nos edifícios públicos - e a possibilidade de seguir em tempo real as despesas de energia.

A cidade contará com automóveis e bicicletas elétricas inteligentes, pontos de recarga de energia e pontos de geração de energias renováveis: solar e eólica. A iluminação será feita com novas lâmpadas LED, mais eficientes, com luminárias de geração eólica e pontos de luz telegerenciados. Todas estas melhorias contribuirão também para reduzir as emissões de dióxido de carbono, assinalou Endesa.
Mais de 1 bilhão de chineses e outros asiáticos acreditam que ingerir o chifre de rinoceronte em forma de pó diluído é uma receita infalível contra uma infinidade de males, entre eles pressão alta, febre, artrite, inflamações em geral, câncer e até aids. Na realidade, o chifre desse animal é feito da mesma substância que forma as unhas e os cabelos dos seres humanos, a queratina, e o efeito terapêutico de seu consumo é idêntico ao obtido quando alguém rói as próprias unhas, ou seja, nenhum.

Há décadas, a caça ao rinoceronte para recolher seus chifres mantém a espécie na lista dos animais ameaçados de extinção. Nos últimos anos, porém, a situação se tornou crítica. A prosperidade econômica da China e de alguns de seus vizinhos fez multiplicar a demanda por chifres. O quilo do produto tornou-se tão caro quanto o de ouro - vale 60 000 dólares. Antes, só poucos chineses abonados podiam bancar tratamentos com o ingrediente. Meio milhão de chineses já estão na categoria de milionários e o grupo aumenta ao ritmo médio de 10% ao ano. Ou seja, há dinheiro de sobra para bancar a crendice perversa. O mesmo ocorre no Vietnã, que também se beneficia de ventos econômicos favoráveis. O resultado é que a matança de rinocerontes na África do Sul, onde se encontram 90% dos exemplares da espécie, explodiu.

A média de rinocerontes abatidos por caçadores na década passada era de doze por ano. Em 2010, foram mortos 333 animais. No primeiro trimestre deste ano, foram 138. A população de rinocerontes-negros na África soma apenas 4 800 exemplares. A de rinocerontes-brancos, 20 000. Se a caça continuar no ritmo atual, o animal entrará definitivamente na lista vermelha da extinção.

Nos anos 70, o comércio de chifres de rinoceronte foi proibido por meio de um tratado internacional assinado até hoje por 175 países, inclusive pela China. Os únicos resultados práticos do documento foram que o abate passou a ser feito por caçadores clandestinos e o comércio de chifres, no mercado negro. Com o aumento da demanda e dos preços, a caça não apenas se intensificou como se modernizou. Os caçadores, a serviço de grandes quadrilhas internacionais contrabandistas de animais, usam helicópteros, binóculos de visão noturna e armas de grosso calibre para localizar e abater suas presas.

A extinção de qualquer espécie é uma perda inestimável. Mas é particularmente perturbador que o declínio de uma espécie magnífica, que habita a Terra há mais de 5 milhões de anos, seja causado por uma crença sem base racional alguma. Os chifres de rinoceronte já foram analisados por laboratórios europeus e americanos, sempre com resultado idêntico; não oferecem nenhuma qualidade terapêutica. Os poderes a eles atribuídos são apenas parte do conjunto de superstições que compõem a medicina tradicional chinesa, bastante popular no Extremo Oriente. O rinoceronte não é a única presa indefesa do curandeirismo. A medicina chinesa acredita que as características de um animal são transmitidas a quem come sua carne.